segunda-feira, 25 de julho de 2011

Pouco temos para cantar

Há muito tempo que não escrevo nada nesta página. Agora com o relatório entregue e a preparar-me para escrever a dissertação, sempre há tempo para ir escrevendo qualquer coisa.
Esta é uma música recente, que fala de desgostos e de amores desencontrados e chama-se "Pouco temos para cantar".

Um leve desconforto

Sussurra ao ouvido

Num temido reencontro

De conversa sem sentido.


Em cima da mesa

Os restos da refeição

Relembram a incerteza

Do que foi outrora opção.


O vinho entornado

Realça a ironia

De um discurso marcado

P’la saudade e nostalgia.


Entre sobremesas e licores

Escapam-se segredos e confissões

A surpresa dos sabores

De sentimentos e paixões.


Refrão:

Desencontrados, talvez,

No meio desta canção

Sem princípio nem fim,

A saltar o refrão.


O falsete na tua voz,

A guitarra a trastejar

Vão gritando que nós

Pouco temos para cantar.


Entre o café e um bombom

Cresce o receio e o embaraço,

No silêncio ouve-se o som

De quem teme dar o primeiro passo.


Perdidos nesta atmosfera

De emoções a destoar

Prolongamos demais a espera

E damos por nós ao luar


Numa noite de verão

Com brisa de inverno

Que atormenta o coração

Qual chama de inferno.


No meio desse calor

Vai-se o frio da amargura

Desse desgosto de amor,

Mas é sol de pouca dura…