quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Recortes Lacobrigenses

Já há muito tempo que não escrevo aqui.
A introdução a este poema já eu a fiz num post anterior, por isso não me vou alargar muito. Apenas constato o que já refiro no título: é dedicado à cidade de Lagos. Também é a minha primeira música que começa a ganhar forma e a sair do papel.
Espero que gostem.

Na avenida que debaixo de água cresceu,
A muralha ao fundo com a janela do apogeu.
Cidade que ao mar foi buscar seu encanto,
Um tesouro escondido em cada recanto

Nas rochas segredos que só o pescador vê,
Por mais que tente o sábio os lê.
As grutas têm magias por deslumbrar
E apenas se revelam a quem souber escutar.

Na praia, escondidas, crescem paixões de rompante,
Alimentam-se amores que só duram um instante.
Tal como o Infante, que o horizonte observa,
Anseiam-se descobertas que o futuro reserva.

E o Sebastião que não nos passa cartão,
Impávido e sereno no seu invólucro de betão,
Lá nos tenta dar a mão mas adia o seu regresso
Até ao momento certo para trazer um pouco de luz
A um destino encoberto, que, pela cor do céu,
Diria que está perto.

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