Finding Neverland
Devaneios, poemas e desabafos de um jovem estudante
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Novo blog
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Pouco temos para cantar
Um leve desconforto
Sussurra ao ouvido
Num temido reencontro
De conversa sem sentido.
Em cima da mesa
Os restos da refeição
Relembram a incerteza
Do que foi outrora opção.
O vinho entornado
Realça a ironia
De um discurso marcado
P’la saudade e nostalgia.
Entre sobremesas e licores
Escapam-se segredos e confissões
A surpresa dos sabores
De sentimentos e paixões.
Refrão:
Desencontrados, talvez,
No meio desta canção
Sem princípio nem fim,
A saltar o refrão.
O falsete na tua voz,
A guitarra a trastejar
Vão gritando que nós
Pouco temos para cantar.
Entre o café e um bombom
Cresce o receio e o embaraço,
No silêncio ouve-se o som
De quem teme dar o primeiro passo.
Perdidos nesta atmosfera
De emoções a destoar
Prolongamos demais a espera
E damos por nós ao luar
Numa noite de verão
Com brisa de inverno
Que atormenta o coração
Qual chama de inferno.
No meio desse calor
Vai-se o frio da amargura
Desse desgosto de amor,
Mas é sol de pouca dura…
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Recortes Lacobrigenses
A introdução a este poema já eu a fiz num post anterior, por isso não me vou alargar muito. Apenas constato o que já refiro no título: é dedicado à cidade de Lagos. Também é a minha primeira música que começa a ganhar forma e a sair do papel.
Espero que gostem.
Na avenida que debaixo de água cresceu,
A muralha ao fundo com a janela do apogeu.
Cidade que ao mar foi buscar seu encanto,
Um tesouro escondido em cada recanto
Nas rochas segredos que só o pescador vê,
Por mais que tente o sábio os lê.
As grutas têm magias por deslumbrar
E apenas se revelam a quem souber escutar.
Na praia, escondidas, crescem paixões de rompante,
Alimentam-se amores que só duram um instante.
Tal como o Infante, que o horizonte observa,
Anseiam-se descobertas que o futuro reserva.
E o Sebastião que não nos passa cartão,
Impávido e sereno no seu invólucro de betão,
Lá nos tenta dar a mão mas adia o seu regresso
Até ao momento certo para trazer um pouco de luz
A um destino encoberto, que, pela cor do céu,
Diria que está perto.
domingo, 28 de novembro de 2010
Valsa de Outono
Sabem aqueles primeiros dias de Outono em que o frio começa a apertar e a vontade de nos levantarmos da cama é quase nenhuma? Depois olharmos pela janela vemos que está a chover, ainda menos vontade temos de sair de casa… Esta música é sobre isso mesmo, aquela monotonia irritante (pelo menos para mim) do Outono…
Seis e pico nasce o dia
Nessa cidade gelada.
Mais uma manhã fria
P’los cobertores aconchegada.
Espreito pela janela
A paisagem alagada
Por essa chuva intensa
Que se ouviu de madrugada.
Refrão:
O vento trás consigo
Saudades de outra estação,
De um porto, de um abrigo,
De um outro coração.
Dessa valsa que dançamos
Que de tanto querer avançar
Somente recuamos
Nesse nosso aproximar.
O casaco com cheiro a mofo
É agora meu agasalho
Saio para a rua um pouco rouco
Com este tempo de um raio.
Solta-se a folha castanha
Caindo suavemente na calçada,
Num embalo monótono,
P'lo Outono marcada.
(Refrão)
Vou tentando achar caminho
Através das poças no passeio.
Levo com chuva no focinho
Meio apático e alheio.
Até o cão vadio que se
Esconde à porta do vizinho
Está encharcado e irritado,
Não lhe dão nem um ossinho.
(Refrão)
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Estágios e Dissertações
domingo, 24 de outubro de 2010
Amor por aprender
Não tenho muito para escrever acerca deste poema. Basicamente retrata a confusão que certas pessoas despertam, aquela eterna indecisão entre que escolhas fazer na vida.
Andava em busca de casa
Estrada à frente, pó, mais nada
Até que cheguei a uma encruzilhada
Duas casas, uma entrada,
Sem saber qual escolher.
Uma segreda-me ao ouvido,
A outra tem um leve ruído
Escuto ambas, estremecido,
Sem saber em qual viver.
A primeira canta-me melodias,
A segunda encanta-me com manias
E apesar do passar dos dias
Não sei quem vai vencer.
Uma consciente, outra tonta
Conta-me histórias como quem conta
A história como uma afronta
À sua maneira de ser.
Por isso aguardo sossegado,
Um amor em cada lado,
Nesta sina do meu fado,
O amor por aprender.