Pego em ti uma última vez
Como se da primeira se tratasse.
Saboreio-te lentamente
Deixando que o tempo te leve.
Não sei porquê, mas voltei para ti,
Só mais desta vez…
Sentir junto a meus lábios
Esse prazer que alguém fez.
E na derradeira experiência
Ouso olhar à volta
E apreciar a verdadeira essência
De algo que não volta.
E ao querer largar-te, hesito.
Tenho medo de te deixar para trás,
Que nesse segundo
Passes de verdade a mito.
Toco-te mais uma vez
Para ter a certeza que não te esqueço,
Na esperança de que vejas
Aquilo que te ofereço.
Acabo por te largar,
Por te atirar janela fora.
Enquanto te vejo a voar
Não quero acreditar que foste embora.
Se fosse tão fácil ter-te de volta
Como estes vícios pouco saudáveis
Matava de vez a saudade
Tornando-nos inseparáveis.
perdi a conta de quantas vezes tive de ler este poema. é demasiado bom. - não sei porque é que só agora aqui vim parar, já devia ter conhecido o teu blog há muito tempo. parabéns.
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