domingo, 12 de setembro de 2010

Fantasia

Recentemente, enquanto sonhava acordado numa destas noites de verão, lá escrevi uma letra que até gostei muito. Chama-se Fantasia. Espero que gostem :)

Para ele tudo era fantasia,
Vivia só nessa alegria
De um dia a encontrar.

Já ela era mais fria e calculista,
Com sua expectativa irrealista
Desse dia não chegar.

Marcou-se certo dia o encontro,
Nas estrelas escrito o conto
De que se iriam enamorar.

E ele com toda a sua inocência,
Tendo já sua referência
Acabou por confessar

Refrão:
Um amor, um
Verso desse poema
Que faz valer a pena
De manhã acordar

Quando o galo canta,
Que toda a aldeia encanta
E, apesar do cansaço,
Dá gosto trabalhar.


Ela desconfiada que
Aquilo não daria em nada,
Sem notar estremeceu.

Pois o rapaz, com sua sinceridade,
Com respeito e sem maldade,
Sem o querer a surpreendeu.

E nesse encontro, que fica aqui o conto,
Por mais que se acrescente um ponto,
Sua alma espaireceu.

Pois o rapaz, com todo o seu encanto
Disse “para ti eu canto”
Uma cantiga que escreveu

Refrão:
Um amor,
uma serenata,
Essa nota que arrebata
Desse coração só teu

Uma melodia,
Esse sorriso que fingia,
Que pensava que podia
Esconder-se no adeus.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Máscaras

Não estou propriamente muito inspirado para fazer uma introdução a este poema, portanto, o que dizer sobre ele… Este poema fala de medos, de dúvidas, de mecanismos de protecção. Fala também da vontade de conhecer genuinamente outra pessoa, pondo outras intenções de parte, de uma dança do quer e não quer… Enfim, um poema que já escrevi há uns mesinhos e que até gostei.

Máscaras

Mascara-se com as frases
Usando palavras caras,
Nunca dizendo aquilo que sente.
Sorri para ele
Olha-o com ternura,
Mas ao falar, mente.

Não tem coragem para dar um passo,
Por mais pequeno que ele seja.
Mostra-se valente,
Receando no entanto o risco,
Disfarçando com o sorriso
O medo que não quer que ele veja.

Ele apenas quer conhecer
Essa luz que irradia
Por aquele olhar.
Mas ela imperturbável
Mantêm a sua postura estóica
E nada quer mostrar.

Ele, teimoso como só ele sabe ser,
Senta-se frente a ela
E estende-lhe a sua mão.
Espera que toda a sua perseverança
A tire do meio dessa dança
E que ela abra o seu coração.