sábado, 2 de fevereiro de 2013

Novo blog

Como isto andava parado há muito tempo, decidi mudar um pouco. Por isso criei um novo blogue chamado "Muito temos para cantar". Apesar de inspirado no nome da última letra que aqui coloquei, não tem nada a haver com ela.

O link é http://muitotemospracantar.blogspot.pt/

Passem por lá e sigam esta nova página =)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Pouco temos para cantar

Há muito tempo que não escrevo nada nesta página. Agora com o relatório entregue e a preparar-me para escrever a dissertação, sempre há tempo para ir escrevendo qualquer coisa.
Esta é uma música recente, que fala de desgostos e de amores desencontrados e chama-se "Pouco temos para cantar".

Um leve desconforto

Sussurra ao ouvido

Num temido reencontro

De conversa sem sentido.


Em cima da mesa

Os restos da refeição

Relembram a incerteza

Do que foi outrora opção.


O vinho entornado

Realça a ironia

De um discurso marcado

P’la saudade e nostalgia.


Entre sobremesas e licores

Escapam-se segredos e confissões

A surpresa dos sabores

De sentimentos e paixões.


Refrão:

Desencontrados, talvez,

No meio desta canção

Sem princípio nem fim,

A saltar o refrão.


O falsete na tua voz,

A guitarra a trastejar

Vão gritando que nós

Pouco temos para cantar.


Entre o café e um bombom

Cresce o receio e o embaraço,

No silêncio ouve-se o som

De quem teme dar o primeiro passo.


Perdidos nesta atmosfera

De emoções a destoar

Prolongamos demais a espera

E damos por nós ao luar


Numa noite de verão

Com brisa de inverno

Que atormenta o coração

Qual chama de inferno.


No meio desse calor

Vai-se o frio da amargura

Desse desgosto de amor,

Mas é sol de pouca dura…

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Recortes Lacobrigenses

Já há muito tempo que não escrevo aqui.
A introdução a este poema já eu a fiz num post anterior, por isso não me vou alargar muito. Apenas constato o que já refiro no título: é dedicado à cidade de Lagos. Também é a minha primeira música que começa a ganhar forma e a sair do papel.
Espero que gostem.

Na avenida que debaixo de água cresceu,
A muralha ao fundo com a janela do apogeu.
Cidade que ao mar foi buscar seu encanto,
Um tesouro escondido em cada recanto

Nas rochas segredos que só o pescador vê,
Por mais que tente o sábio os lê.
As grutas têm magias por deslumbrar
E apenas se revelam a quem souber escutar.

Na praia, escondidas, crescem paixões de rompante,
Alimentam-se amores que só duram um instante.
Tal como o Infante, que o horizonte observa,
Anseiam-se descobertas que o futuro reserva.

E o Sebastião que não nos passa cartão,
Impávido e sereno no seu invólucro de betão,
Lá nos tenta dar a mão mas adia o seu regresso
Até ao momento certo para trazer um pouco de luz
A um destino encoberto, que, pela cor do céu,
Diria que está perto.

domingo, 28 de novembro de 2010

Valsa de Outono

Sabem aqueles primeiros dias de Outono em que o frio começa a apertar e a vontade de nos levantarmos da cama é quase nenhuma? Depois olharmos pela janela vemos que está a chover, ainda menos vontade temos de sair de casa… Esta música é sobre isso mesmo, aquela monotonia irritante (pelo menos para mim) do Outono…


Seis e pico nasce o dia

Nessa cidade gelada.

Mais uma manhã fria

P’los cobertores aconchegada.


Espreito pela janela

A paisagem alagada

Por essa chuva intensa

Que se ouviu de madrugada.


Refrão:

O vento trás consigo

Saudades de outra estação,

De um porto, de um abrigo,

De um outro coração.


Dessa valsa que dançamos

Que de tanto querer avançar

Somente recuamos

Nesse nosso aproximar.


O casaco com cheiro a mofo

É agora meu agasalho

Saio para a rua um pouco rouco

Com este tempo de um raio.


Solta-se a folha castanha

Caindo suavemente na calçada,

Num embalo monótono,

P'lo Outono marcada.


(Refrão)


Vou tentando achar caminho

Através das poças no passeio.

Levo com chuva no focinho

Meio apático e alheio.


Até o cão vadio que se

Esconde à porta do vizinho

Está encharcado e irritado,

Não lhe dão nem um ossinho.


(Refrão)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Estágios e Dissertações

Já à algum tempo que não escrevo aqui nada. Isto de estar em estágio, misturado com um projecto de dissertação de mestrado para entregar e polvilhado com uns ensaios da tuna pelo meio tem que se lhe diga.

Sempre vai dando para reflectir graças às várias histórias de vida com que vou contactando no estágio, no qual lido com toxicodependentes. Histórias de quem, muitas vezes por ter tudo, não sabia o que mais querer, ou de quem, por não ter nada, não sabia o que fazer. De facto, isto das drogas é um mundo muito vasto e não apenas o típico arrumador de carros que vemos todos os dias ao sair de casa no parque de estacionamento mais próximo. Mas pronto, isto já sou eu nas minhas introspecções...

O que é facto é que tudo isto vai mexendo comigo, vou parando para pensar e arranjando umas ideias novas para escrever uns poemas/letras de novas músicas. Assim que tiver alguma coisa em condições volto a pôr aqui no blogue.

Por agora, fica um vídeo do qual me lembrei depois de um dia de estágio, da música "Try, Try, Try" de Smashing Pumpkins. Dos melhores videoclips de sempre :)

domingo, 24 de outubro de 2010

Amor por aprender

Não tenho muito para escrever acerca deste poema. Basicamente retrata a confusão que certas pessoas despertam, aquela eterna indecisão entre que escolhas fazer na vida.


Andava em busca de casa

Estrada à frente, pó, mais nada

Até que cheguei a uma encruzilhada

Duas casas, uma entrada,

Sem saber qual escolher.


Uma segreda-me ao ouvido,

A outra tem um leve ruído

Escuto ambas, estremecido,

Sem saber em qual viver.


A primeira canta-me melodias,

A segunda encanta-me com manias

E apesar do passar dos dias

Não sei quem vai vencer.


Uma consciente, outra tonta

Conta-me histórias como quem conta

A história como uma afronta

À sua maneira de ser.


Por isso aguardo sossegado,

Um amor em cada lado,

Nesta sina do meu fado,

O amor por aprender.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Imaginar

Imagina-te deitado(a) no campo, o céu como tecto, iluminado pelas estrelas, com alguém especial ao lado... Uma estrela cadente cruza o céu, uma leve brisa abana as árvores, o riacho ao fundo serve de banda sonora a este cenário. Ambos se aproximam, trocam um beijo, a lua como única testemunha, o palpitar dos corações a marcar o ritmo desta melodia…

Agora fecha os olhos e ouve a música em baixo e imagina mais uma vez…